Paula, a História de uma Subversiva - 1979 ( filme completo )

EXCELENTE IMAGEM RARIDADE filme de francisco ramalho jr _________________________________________________________________________ Há mais de um século o cinema entrou na vida das pessoas, passando gradativamente a fazer parte de suas rotinas. Nos dias de hoje... [+]
EXCELENTE IMAGEM RARIDADE filme de francisco ramalho jr _________________________________________________________________________ Há mais de um século o cinema entrou na vida das pessoas, passando gradativamente a fazer parte de suas rotinas. Nos dias de hoje o filme está de certa forma em todos os lugares, não necessitando mais ir para uma sala de projeção para assisti-lo, pois agora ele está dentro das casas, através da televisão.e celulares e tablet Assim, seria um tanto quanto imprudente ignorar o fato de que tal veículo de informação tornou-se uma das principais maneiras de influenciar e moldar a concepção/valores de mundo justo de uma sociedade. ________________________________________________________________ O arquiteto Marco Antônio está vivendo um momento de crise amorosa com a fotógrafa Bia, uma jovem de temperamento instável. Ele é informado por sua ex-mulher que a filha do casal, uma menina de quinze anos, desapareceu após ter ido a uma festinha. Com isso, contrata os serviços do policial Oliveira que reconhece Marco Antônio, pois o policial o perseguiu quando o arquiteto era um estudante engajado. Assim, a procura pela filha, traz lembranças do passado de Marco: sua militância e seu grande amor, Paula. Direção, argumento e roteiro de Francisco Ramalho Jr. Produção da OCA Cinematográfica. Direitos atuais: Ramalho Filmes. Com Armando Bogus, Regina Braga e Marlene França. Antônio Benetazzo era estudante da FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo -- se tornou terrorista nos anos de chumbo e foi morto, segundo testemunhas, em outubro de 1972, no DOI-CODI de São Paulo. O meu filme Paula -- A História de uma Subversiva é dedicado a ele. Eu tive problemas políticos graves, um dos quais por tê-lo acobertado, e que foi a razão de uma das minhas prisões políticas contra a ditadura. Um pouco mais tarde, ingressei na Cinemateca Brasileira, onde pude ler livros de cinema e ver filmes. Minha sala ficava em frente à sala do Paulo Emílio Salles Gomes, o maior crítico de cinema de minha geração e um defensor entusiasta do cinema brasileiro. Evidentemente, passava mais tempo na sala dele, sorvendo conhecimentos, aprendendo a ver e a sentir, me alimentando de sua cultura e sabedoria, que me transmitia informalmente e com gosto pelo que amava. Logo consegui investimentos para a produção de filmes em caráter mais profissional, meu objetivo principal. Fiz um filme em 35mm; era a primeira vez que trabalhava nessa bitola e numa moviola, mesa de edição com material de imagem em cópia chamado copião e som transcrito em fitas magnéticas perfuradas para correr paralelamente com a imagem do filme em cópia. O filme era uma edição de trechos de outros filmes de cangaço para um curso ministrado na USP pelo Paulo Emílio e outros professores, e para o qual tive que ir atrás das permissões de direitos junto a produtores e distribuidores (meus primeiros contatos com eles). Pude editar com um montador profissional que iria trabalhar comigo outras vezes, Silvio Renoldi. Francisco Ramalho Jr. DECRETO AI 5 Época de imposição da vontade dos que tinham o poder nas mãos por meio da força. Decretado a AI 5 (Ato Institucional número 5) em 13 de dezembro de 1968 pelo Marechal Artur da Costa e Silva e extinto em dezembro de 1978. Este ato tirou a liberdade do povo brasileiro de reclamar qualquer coisa sob pena de ser preso. O Ato Institucional Número Cinco veio com a alegação que foi necessário para proteger o Brasil do comunismo que ameaçava instalar-se no país. Entre outras, as principais medidadas foram: O Congresso Nacional foi fechado por prazo indeterminado. Decretou o recesso dos mandatos de senadores, deputados e vereadores. Intervenção nos estados e municípios que fossem de interesse nacional. O Decreto-lei foi determinado como legal para impor as medidas. Confisco de muitos bens de pessoas e empresas sob alegação de que eram bens ilícitos ou ganhos de forma que o governo não concordasse com a forma. Ficou proibido qualquer tipo de reunião de cunho político; Determinando a censura em qualque meio de comunicação, como rádios, televisão, jornais, revistas, cinemas, músicas ou qualquer outra forma de comunicação O habeas corpus foi suspenso para livrar alguém depois de preso, sejam políticos ou não