28 de Abril de 2007
Porque é que a democracia, que já tem 33 anos em Portugal, «ainda tem medo de um homem - Salazar - enterrado no Vimieiro», perguntava hoje um dos dirigentes nacionalistas em Santa Comba Dão, escreve a agência Lusa.
A pergunta foi deixada ...
[+] 28 de Abril de 2007
Porque é que a democracia, que já tem 33 anos em Portugal, «ainda tem medo de um homem - Salazar - enterrado no Vimieiro», perguntava hoje um dos dirigentes nacionalistas em Santa Comba Dão, escreve a agência Lusa.
A pergunta foi deixada por Álvaro Fernandes, dirigente do Movimento Nacionalista Terra Identidade e Resistência (MNTIR), que organizou a concentração em Santa Comba Dão em defesa do «Museu Salazar» que a autarquia vai criar na casa onde o estadista nasceu, no Vimieiro, faz hoje 109 anos.
Nos discursos de ocasião, proferidos no largo da câmara, onde se reuniram uma centena de pessoas ligadas ao MNTIR, ao PNR e populares «apenas» filiados na memória do Estado Novo, com apoio de mais duas centenas de naturais de Santa Comba Dão, a «pobreza» em que Salazar morreu foi o elemento mais enfatizado.
Mas sempre usando como termo de comparação «o regabofe de hoje» onde os dirigentes da «ditadura da democracia», apontados a dedo, surgem em contra-luz com a espartana vida de Oliveira Salazar durante as quatro décadas de poder.
Álvaro Fernandes acusou os tais «ditadores democráticos» de terem tentado impedir a concentração de hoje, mesmo depois de ninguém ter feito o mesmo quando, em Março, os resistentes antifascistas da URAP se deslocaram a Santa Comba Dão para exigir em sentido contrário, que a câmara não fala avançar o projecto do Museu Salazar.
«Oliveira Salazar era um homem honesto. Mas fraco é o regime - a democracia - onde os políticos se destacam por serem honestos», disse Fernandes, lembrando que Portugal «vive hoje uma absoluta falta de informação sobre aquilo que foi o Estado Novo, no que teve de bom e de mau».
Este dirigente nacionalista lembrou ainda que «só com a memória preservada - através do museu - poderemos ser orgulhosos como fomos ao longo de vários séculos como povo».
E sobre a falta de informação, Álvaro Fernandes, num discurso entrecortado por aplausos e vivas, defendeu que em Portugal «nunca houve fascismo», mas sim um «conservadorismo consular» e não, como muitos querem fazer crer, um «fascismo à italiana».
A propósito do Museu Salazar, disse ainda que se a esquerda entende que «o povo é quem mais ordena», deixem então o «povo ordenar» quando este, de Santa Comba Dão, está «claramente a favor da criação do espaço de estudo e de memória na antiga casa de António Oliveira», no Vimieiro.
No final da concentração, algumas dezenas dos manifestantes que compareceram em frente à câmara de Santa Comba Dão, deslocaram-se em romagem ao cemitério do Vimieiro, para prestar homenagem ao estadista na campa rasa onde está sepultado.
http://moteparamotim.blogspot.com/2007/04/democracia-tem-medo-de-um-homem.html
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=802777&div_id=291
FOTOGRAFIAS DESTE EVENTO AQUI:
http://admiravelmundonovo-1984.blogspot.com/2007/04/por-favor-algum-me-encontra-duas.html