As origens da canção "Grândola, Vila Morena"

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Vídeo SIC "A história de 'Grândola, Vila Morena', cantada a ministros, secretários de Estado e ao líder do Governo. Diversos manifestantes entoam 'Grândola, Vila Morena' contra ministros e secretários de Estado -- o mais recente foi Franquelim Alves. Mas, qual é a origem da música de Zeca Afonso? E quem a canta conhece a letra? O ministro Miguel Relvas já provou que não. Será que 'Grândola', outrora tema que se transformou em senha, poderá ser o início de uma nova revolução? O secretário de Estado Franquelim Alves, secretário de Estado nomeado recentemente -- num caso envolto em polémica devido ao caso-BPN --, foi a mais recente vítima da manifestação do movimento 'Que se lixe a troika', que entoa 'Grândola, Vila Morena' aos membros do Governo. A música de Zeca Afonso recuperou a força, em resultado das dificuldades de um país a recuperar de uma crise, do aumento do desemprego, da ausência de sinais de vida. Mas, qual a história de 'Grândola, Vila Morena'? Como surgiu e qual a sua letra? Composta e cantada por Zeca Afonso, 'Grândola, Vila Morena' foi a música escolhida pelo Movimento das Forças Armadas como segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. O tema, que aludia à fraternidade dos habitantes da terra alentejana de Grândola, terá sido banido muitos anos antes pelo regime de Salazar, que associou a música ao comunismo. Às 00h20 do dia 25 de abril de 1974, a Rádio Renascença transmite 'Grândola, Vila Morena', sinal que revela aos militares o início da Revolução, tendo em vista a conquista da Liberdade. Em resultado do sucesso dessa Revolução, 'Grândola, Vila Morena' -- que agora é cantada por centenas de manifestantes que encontrem membros do Governo, desde o líder do executivo, a ministros e secretários de Estado -- transformou-se num símbolo de Abril. A música faz parte do álbum Cantigas do Maio, que Zeca Afonso gravou em França, em finais de 1971, com direcção musical de José Mário Branco. Ouviu-se pela primeira vez em Santiago de Compostela, a 10 de maio do ano seguinte. Depois da primeira senha -- 'E Depois do Adeus' de Paulo de Carvalho --, 'Grândola, Vila Morena' sinaliza aos militares das Forças Armadas o começo da Revolução. Hoje, sem perder as origens, 'Grândola' serve para lembrar ao Governo que o povo é quem mais ordena. Passos Coelho foi o primeiro a ouvir o protesto, quando discursava no Parlamento. Seguiram-se os ministros Miguel Relvas, Vítor Gaspar, Álvaro dos Santos Pereira e o secretário de Estado Franquelim Alves, entre outros. Eis a letra da canção de Zeca Afonso: Grândola, vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade Dentro de ti, ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade Grândola, vila morena Terra da fraternidade Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada rosto igualdade O povo é quem mais ordena À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade Grândola a tua vontade Jurei ter por companheira À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade"
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