"O espectáculo maior, que enchia e encantava os olhos, era o próprio cenário oferecido pela cidade. Começava na teoria de mastros, nas correntezas e correntezas de bandeiras e pavilhões, os da Grã-Bretanha alternando com os de Portugal, e as esferas armil...
[+] "O espectáculo maior, que enchia e encantava os olhos, era o próprio cenário oferecido pela cidade. Começava na teoria de mastros, nas correntezas e correntezas de bandeiras e pavilhões, os da Grã-Bretanha alternando com os de Portugal, e as esferas armilares em troca sucessiva com as armas reais britânicas; alongava-se, depois, na série infindável de panejamentoss coloridos e de colgaduras, verdadeiros quadros de cinemascópio, e findava nos topos dos telhados, onde tremulavam mais pavilhões. Sinfonia do verde-rubro nacional.
Sinfonia do azul, encarnado e branco das insígnias da Grã-Bretanha. Andavam juntas as cores de ambas as nações — aconchegadas. Toda a Lisboa, no sentido horizontal, a correr por ruas, praças e avenidas, e no sentido vertical, a subir do chão para as alturas, entoava um hino triunfante executado em honra da da eminentíssima visitante.
Pode-se dizer que Isabel II conquistou o coração de Lisboa, mesmo antes de
desembarcar. As montras — na Baixa, sem uma excepção — exibiam cromos soberbos da rainha, ou fosse vestida com trajo de passeio, ou de cerimónia com a faixa azul da Jarreteira, ou com a coroa real. A fotografia, de qualquer maneira, tinha sempre uma característica comum - a de retratar uma senhora de grande formosura. Outros «clichés» mostravam o duque de Edimburgo, o casal real e os prìncipezinhos Carlos e Ana. Não faltavam também os do sr. Presidente da República e da senhora de Craveiro Lopes — o Chefe do Estado, por via de regra, em farda de gala e ostentando a banda das Três Ordens
Por estas notas e por muitas outras, aqui não especificadas, se regista quanto a cidade foi gentil, corno ficou agradada de receber a soberana da nação nossa velha aliada."
Publicamos um terceiro vídeo reportando a visita, vídeo da "British Pathé".
O texto reproduz excerto da extensa reportagem dada à estampa no n.º 72 da "Revista Municipal" de Lisboa, 1.º trimestre de 1957.
Edição com 101 páginas, disponível em
http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/RevMunicipal/N72/N72_item1/index.html
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